CRÉDITO SEGUIU EM EXPANSÃO EM SETEMBRO
Em setembro, o estoque total de crédito do sistema financeiro nacional (incluindo recursos livres e direcionados) teve variação de 1,9% frente a agosto, e registrou avanço de 13,1% em relação a setembro de 2019. Com isso, o saldo totaliza R$ 3,8 trilhões, conforme divulgado pelo Banco Central. Como proporção do PIB, o montante total de crédito atingiu 52,8%. Na região Sul, para operações iguais ou superiores a R$ 1 mil, o saldo total de crédito em julho foi de R$ 746,4 bilhões, com variação de 2,9% frente ao mês anterior e crescimento de 16,6% na comparação interanual.
As concessões de crédito livre tiveram alta de 3,4% em setembro na comparação com agosto, na série com ajuste sazonal. Em relação a setembro de 2019, as concessões com recursos livres aumentaram 0,7%, com variação de 0,9% para pessoas físicas e de 0,5% para pessoa jurídica. No acumulado em 12 meses, em relação ao ano passado, as concessões cresceram 6,2%, resultado das altas de 11,7% para pessoa jurídica e de 1,4% para pessoa física.
A taxa média de juros para as operações de crédito com recursos livres teve variação de -0,9 pontos percentuais (p.p.) em setembro, registrando 25,7% ao ano. O resultado teve influência do recuo de 1,0 ponto percentual na taxa às famílias, que atingiu 38,0%, e da queda de 0,7 p.p. na taxa às empresas, que marcou 11,4%. A inadimplência superior a 90 dias, também para as operações com recursos livres, foi menor que a do mês anterior ao registrar 3,1%, com a inadimplência das famílias em 4,6% e das empresas em 1,6%.
Desde o começo da pandemia, na perspectiva das empresas, enquanto o crédito livre para capital de giro foi o principal destaque e teve forte expansão desde março, a reação forte no crédito direcionado veio depois. Porém, aconteceu e deixam clara a importância dos programas e das medidas adotadas pelo governo e pelo banco central para dar suporte ao crédito durante a crise, com expansão de 49,6% no trimestre do saldo de outros créditos direcionados, com avanço expressivo dos novos empréstimos a partir de julho – refletindo o volume de recursos disponibilizado via Pronampe. Embora os dados não indiquem quanto da demanda foi atendida, o saldo do crédito total para micro, pequena e médias empresas teve alta de 28,1% em 12 meses; para grandes empresas, a elevação foi de 12,6%.